Por Ricardo de Oliveira
Ela surgiu de forma quase meteórica e ganhou certo prestígio por não ser mais uma simples startup querendo criar um carro elétrico do zero, ainda que em parte tenha feito isso mesmo.
De qualquer forma, a vietnamita VinFast parecia capitalizada o sucesso para ousar entrar quase ao mesmo tendo nos dois principais mercados consolidados do mundo, o americano e o europeu.
Com muita lenha para queimar, oriunda de um império de macarrão instantâneo, instantaneamente a VinFast conquistou até alguns céticos, quando suas ações nos dois continentes se materializou.
Fizeram até festa para o embarque de seus carros para a América do Norte, mas o gás aparentemente acabou antes dos três minutos suficientes para se tornar uma marca comestível.
As metas ambiciosas da marca asiática não se concretizaram no tempo devido e as estratégias para entrar no mercado europeu, em especial o alemão, deram errado.
A VinFast nomeou 25 lojistas na Alemanha, mas apenas um na Rudolfplatz, em Colônia, de fato abriu para os curiosos alemães.
Fora isso, a promessa da chegada dos modelos VF8 e VF9 foi adiada e o tempo de espera pulou de seis para 18 meses.
Originalmente, as entregas deveriam ser feitas até o terceiro trimestre de 2023, mas para piorar a coisa, mesmo que a montadora do Vietnã envie os carros agora, apenas uma parte poderá chegar ao público.
O motivo é que a VinFast, assim como nos EUA, não homologou seus modelos, o que fez com que nos states, 999 carros ficaram três meses retidos no porto de Benícia, na Califórnia.
Entre as promessas da VinFast, uma fábrica na Alemanha atenderia a demanda local, mas a empresa diz: “Estamos investigando a possibilidade de expandir para mercados internacionais e desenvolver fábricas de produção dependendo das necessidades do mercado. Anunciaremos os detalhes quando for a hora certa.”
Assim como nos states, onde os planos para expansão no mercado americano foram adiados por falta de dinheiro, a situação na Europa, mostra que nem todos os players estão preparados para jogar nessas duas regiões sem um planejamento robusto e coerente.
Fonte: Automobilwoche